domingo, setembro 30, 2007

Notícias pela net

Mixing the oceans proposed to reduce global warming

Mysterious Energy Burst Stuns Astronomers

Magellanic Clouds Are First-Time Visitors

This quantum stuff just doesn't add up

Birds may 'see' magnetic north

Amnistia Internacional

"A Amnistia Internacional nasceu em 28 de Maio de 1961.A sua criação teve origem numa notícia publicada no jornal inglês "The Observer" em que era referida a prisão de dois estudantes portugueses por terem gritado «Viva a Liberdade!» na via pública. O advogado britânico Peter Benenson lançou então um apelo no sentido de se organizar uma ajuda prática às pessoas presas devido às suas convicções políticas ou religiosas, ou em virtude de preconceitos raciais ou linguísticos.
A Amnistia Internacional forma uma comunidade global de defensores dos Direitos Humanos, regidos pelos princípios de solidariedade internacional, acção efectiva no caso das vítimas individuais, cobertura global, a universalidade e indivisibilidade dos Direitos Humanos, imparcialidade e independência e democracia e respeito mútuo."
Ler mais aqui

Petição pela Birmânia (Myanmar)

Assinar aqui
"Pode optar por escrever a sua própria carta ou usar o modelo que aqui anexamos (a carta modelo é dirigida ao General Than Shwe - chefe da Junta Militar) As moradas para envio dos apelos estão na Acção Urgente - escolha um dos destinatários, ou se poder envie o mesmo texto para todos, e envie por correio ou fax os seus apelos.
Manifestações pacíficas têm vindo a crescer em tamanho e número devido ao constante aumento do preço do combustível. Protestos comandados por budistas têm apelado à redução dos preços das matérias-primas, à libertação dos prisioneiros políticos e à reconciliação nacional. Relatórios revelam uma tensão crescente no país, ao mesmo tempo que o governo se dirige à população alertando-a para acções legais contra os protestos. Verifica-se, da mesma forma, a existência de vários postos militares e de tropas de elite vindas da capital Naypyitaw, em Yagon.

A violação dos direitos humanos em Myanmar é vasta e constante. Podemos identificar:
· Leis que criminalizam o direito e liberdade de expressão política. No final de 2006, grande parte dos jovens opositores ao regime foram presos ou administrativamente detidos, e mais de 1160 prisioneiros políticos foram mantidos em prisões de más condições;
· As pessoas são frequentemente detidas sem aviso e isoladas, não tendo direito a qualquer tipo de contacto com o exterior;
· A tortura e outros tipos cruéis e desumanos de maus-tratos são comuns especialmente durante o período pré-detenção e durante os interrogatórios;
· Procedimentos judiciais contra prisioneiros políticos estão longe de garantir os padrões internacionais de justiça;
· É frequentemente negado aos acusados o direito à defesa e são conseguidas confissões dos advogados de acusação através de actos de tortura." (Amnistia Internacional)

Mais informações no site da Amnistia Internacional

quarta-feira, setembro 26, 2007

Canais em Marte


Esta imagem mostra um conjunto de canais localizados na vertente de uma cratera situada nas terras altas do hemisfério sul de Marte. Foi tirada pela pela câmara High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE) a bordo do Mars Reconnaissance Orbiter.

Estes canais apresentam um padrão morfológico típico da acção erosiva da água.

Para ler mais, por exemplo aqui

Crédito: NASA/JPL/University of Arizona

quarta-feira, setembro 19, 2007

Ciência na Rua em Estremoz - 29 e 30 de Setembro

(clique para aumentar)

Mais uma iniciativa do Centro de Ciência Viva de Estremoz.
Mais informações aqui e o programa detalhado aqui.

terça-feira, setembro 18, 2007

Caldeiras

Lagoa da caldeira do Fogo, São Miguel, Açores.

Uma caldeira é uma depressão de forma mais ou menos circular de origem vulcânica limitada geralmente por paredes muito inclinadas, formada na sequência do colapso ou subsidância parcial do edifício vulcânico após os esvaziamento parcial da câmara magmática que o alimenta, geralmente ocorrido durante uma grande erupção.
Esse esvaziamento vai tornar o edifício vulcânico graviticamente instável e promover a formação de uma falha em anel por cima da câmara magmática, em cujo o interior se vai dar o colapso. Essa falha pode continuar a condicionar a actividade vulcânica pós colapso, controlando os locais onde ocorre nova actividade e manifestações de vulcanismo secundário (fumarolas, etc).
Nos Açores podem observar-se várias caldeiras, de diferentes idades e em diferentes estádios de evolução. As de São Miguel, mais antigas, encontram-se mais erodidas, preenchidas com lagos e com abundantes testemunhos de actividade posterior (pequenos cones e por vezes até fumarolas, como nas Furnas), enquanto que a do Faial, mais recente, não possui ainda lago e tem as paredes ainda muito inclinadas.
Para mais informação sobre a geologia dos Açores e em especial do Faial, recomenda-se o blog do Geocrusoe.


Lagoa da Caldeira das Furnas, São Miguel, Açores.


Caldeira das Sete Cidades, São Miguel, Açores.

Caldeira Velha, Faial, Açores.

Esquema simplificado de um dos mecanismos para a formação de uma caldeira.

Cursos do MIT online


Encontrei há uns dias uma mina de ouro do conhecimento. O MIT (Massachusetts Institute of Technology), uma das melhores escolas e centros de investigação do mundo, disponibiliza online material de estudo de praticamente todos os cursos das mais diversas áreas do conhecimento.
O link está aqui
O MIT é um centro universitário de educação e pesquisa localizado em Cambridge, Massachusetts, nos EUA. O MIT é um dos líderes mundiais em ciência e tecnologia, bem como noutros campos, como administração, economia, linguística, ciência política e filosofia.
Entre os professores e ex-alunos do MIT estão incluídos vários políticos, executivos, escritores, astronautas, cientistas e inventores proeminentes. Até 2006, sessenta e um membros ou ex-membros da comunidade do MIT receberam o Prémio Nobel.
Para quem gosta de estudar aqui está um pequeno paraiso! E já agoro este é uma bom exemplo a seguir pelas instituições portuguesas.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Saturno e companhia..

A Nasa não pára de me surpreender. Aqui estão mais uma magníficas imagens de outros mundos. Foram obtidas pela Cassini.

Saturno, Titan (esquerda) e Enceladus



Saturno, Titan e Dione (direita)



Saturno, Titan (esquerda) e Dione



Saturno e Dione (em cima)

Credito: NASA/JPL/Space Science Institute
Fonte: Nasa

Adivinhem quem voltou


O confronto Evolução versus Criacionismo vai conhecer mais um round, desta vez tendo lugar na Culturgest de 8 a 12 de Outubro. Fica o programa e os links.

Segunda 8
História das relações entre criacionismo e evolucionismo
por Teresa Avelar (Universidade Lusófona)

Terça 9
Muitos criacionismos e a efervescência actual do Criacionismo Científico
por Gonçalo Jesus e Augusta Gaspar (Universidade Lusófona)

Quarta 10
Alguns Erros do Criacionismo Científico Explicados e Corrigidos
por Frederico Almada (Universidade Lusófona) e Octávio Mateus (Museu da Lourinhã)

Quinta 11
O que nos ensinaram duas décadas de evolução experimental em Drosophila?
por Margarida Matos (Universidade de Lisboa)

Sexta 12
Uma história evolutiva da Ética humana
por Augusta Gaspar (Universidade Lusófona)


Mais informações aqui.
Via Viridarium.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Porque pode ser tarde


A espécie humana tem-se mostrado nos últimos anos bastante eficaz na procura e acumulação de conhecimento. Basta entrar numa qualquer biblioteca universitária para nos apercebemos que temos matéria para estudar suficiente para nos ocupar por 20 ou 30 vidas. Por exemplo avanços na Física do final do século XIX e início do século XX realizados por Maxwell, Einstein, Bohr e companhia mudaram a nossa forma de “ver” e compreender o mundo, apesar de muita gente ainda não ter dado por isso. Mas esse é o preço a pagar. A transmissão deste conhecimento adquirido só se consegue com bons sistemas de ensino, que praticamente não existem. É certo que tem havido melhorias, mas não chega.

Em oposição à capacidade de adquirir conhecimento, o homem tem-se mostrado muito pouco eficaz na utilização do mesmo, especialmente quando não é do interesse dos grandes grupos empresariais ou porque não interessa a determinados grupos políticos. Os cientistas não têm conseguido passar a mensagem, com culpas de todos os lados. Tem melhorado mas também não chega.

Um exemplo desta falta de eficácia tem sido a forma como o Aquecimento Global tem sido tratado. Apesar de o assunto andar a ser debatido à já alguns anos, só recentemente passou a ser moda. Mas o facto de ser moda tem um problema. As modas passam. E na realidade pouco mais tem sido feito do que algumas reuniões a delinear objectivos baseados em muitos estudos, grande parte deles manipulados pelos ditos grupos para quem Aquecimento Global não é sinónimo de dinheiro ou de mais uns votos.

São precisos mais estudos para compreender melhor qual é de facto a situação do Planeta e da forma como este vai “reagir”. No entanto aqui mais do que em qualquer outro assunto deve ser aplicado o Principio da Precaução, que diz mais ou menos isto: “Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”.

Li ontem numa notícia do Público que o Árctico pode ficar sem gelo já em 2030. Não é daqui a mil anos, nem é daqui a 100 anos, é daqui a pouco mais de 20. As consequências podem ser brutais. A corrente do Golfo irá ser destabilizada e isso poderá ter consequências nefastas globais.

O problema é que esta notícia deixou de ser notícia. O assunto já não é novo e praticamente todos os meses a notícia repete-se nos jornais porque mais um grupo de cientistas veio defender esta previsão.

É portanto imperativo que se tomem medidas urgentes, aplicando o Principio da Precaução. E podem ter a certeza que não é poupando um bocadinho de electricidade em casa que vamos resolver o problema. As medidas têm de ser tomadas conjuntamente a nível global por quem tem o poder e cabe a nós pressionar essas pessoas ou instituições. Temos de exigir aos nossos políticos medidas claras e efectivas e não o blá blá blá do costume.

Já temos o conhecimento necessário para detectar problemas deste tipo e resolve-los. A inércia é enorme, mas à que agir.

O Planeta, esse, irá adaptar-se, mesmo que as consequências sejam negativas para a nossa espécie e para as milhares de espécies que gentilmente temos vindo a extinguir.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Porque é que o céu é azul?


Esta é uma pergunta que provavelmente já todos fizemos, nem que tenha sido a nós próprios. Porque é que de noite não vemos um céu azul, pelo contrário este parece ser transparente permitindo nas noites de céu limpo uma magnífica visão duma parte da Via Láctea?


A resposta é hoje simples, em grande medida devido aos avanços da física dos séculos XIX e XX. Antes disso deve ter sido um enorme mistério!

A primeira pessoa a tentar dar uma resposta coerente e bem fundamentada foi o físico britânico John Tyndall, em meados do século XIX. Este defendeu que a cor azul do céu podia ser causada pelo modo como pequenas partículas de pó ou gotículas de água podiam reflectir a luz azul da luz branca do Sol, que por ter comprimentos de onda curtos dispersava-se em todas as direcções do céu enquanto que a luz laranja e vermelha, que tem comprimentos de onda maior, podia atravessar o céu sendo relativamente pouco afectada.

Outros cientistas posteriormente compreenderam que a dispersão tem de ser feita pelas próprias moléculas do ar, mas é preciso lembrar que no tempo de Tyndall os cientistas ainda nem sabiam se as moléculas realmente existiam.

Foi só em 1910 que Einstein publicou um artigo onde apresentava os cálculos que provavam que a cor azul do céu é produzida pela luz dispersa pelas moléculas do próprio ar (oxigénio e azoto).



O espectro visível


A luz branca do Sol é na realidade uma mistura de todas as cores do arco-íris. Este facto foi demonstrado por Isaac Newton, que usou um prisma de vidro para separar as diferentes cores que formam o conhecido espectro de luz visível. As diferentes cores de luz são caracterizados pelo seu comprimento de onda. A parte visível do espectro estende-se desde o vermelho, com um comprimento de onda de cerca de 720 nm (nanómetros) até ao violeta, com cerca de 380 nm, com o laranja, amarelo, verde, azul e ingido pelo meio.


Um pequeno paradoxo?

Então se as moléculas presentes no ar dispersam mais a luz com comprimentos de onda mais curtos, porque é que o céu não é violeta em vês de azul?
A resposta tem duas partes. A primeira é que grande parte da luz violeta é absorvida na alta atmosfera, pelo que nos chega muito pouca luz neste comprimento de onda. A segunda parte da resolução deste aparente paradoxo está na forma como os nossos olhos trabalham. A retina localizada nos nossos olhos tem três tipos de receptores, denominados de vermelho, azul e verde. Estes são mais sensíveis à luz correspondente a estes comprimentos de onda. Deste modo os nossos olhos quase não conseguem detectar a luz violenta e como resultado vemos o céu azul.


E então o pôr-do-sol?

Quando vemos o pôr-do-sol os raios de luz estão quase "paralelos" à atmosfera, atravessando-a ao longo de uma distância maior. Deste modo quando a luz chega aos nossos olhos praticamente todo o azul já foi disperso, restando o amarelo, laranja e vermelho. O pôr-do-sol é tipicamente amarelo, sendo que quando o ar está poluído este nos parece mais avermelhado. A bonita cor laranja, característica do por-do-sol sobre o mar, tem em grande parte a ver com a dispersão causada pelas de partículas sal.


Bibliografia:
Einstein. John Gribbin e Michael White 2004. Publicações Europa-América.
Wikipédia